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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

BARROCO NO BRASIL

Barroco no Brasil
O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um movimento apenas destinado à catequização. A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Assim, a função da igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.
Nos séculos XVII e XVIII não havia ainda condições para a formação de uma consciência literária brasileira. A vida social no país era organizada em função de pequenos núcleos econômicos, não existindo efetivamente um público leitor para as obras literárias, o que só viria a ocorrer no século XIX. Por esse motivo, fala-se apenas em autores brasileiros com características barrocas, influenciados por fontes estrangeiras (portuguesa e espanhola), mas que não chegaram a constituir um movimento propriamente dito.  Nesse contexto, merecem destaque a poesia de Gregório de Matos Guerra e a prosa do padre Antônio Vieira representada pelos seus sermões.
Didaticamente, o Barroco brasileiro tem seu marco inicial em 1601, com a publicação do poema épicoProsopopeia, de Bento Teixeira.
Conheça a seguir os trechos selecionados:
Prosopopeia

FONTE

Barroco
O período conhecido como Barroco, ou Seiscentismo, é constituído pelas primeiras manifestações literárias genuinamente brasileiras ocorridas no Brasil Colônia, embora diretamente influenciadas pelo barroco europeu, isto é, vindo das Metrópoles. O termo denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.
"Vaidade" (sem data), de Domenico Piola

Contexto Histórico
Após o Concílio de Trento, realizado entre os anos de 1545 e 1563 e que teve como consequência uma grande reformulação do Catolicismo, em resposta à Reforma protestante, a disciplina e a autoridade da Igreja de Roma foram restauradas, estabelecendo-se a divisão da cristandade entre protestantes e católicos.
Nos Estados protestantes, onde as condições sociais foram mais favoráveis à liberdade de pensamento, o racionalismo e a curiosidade científica do Renascimento continuaram a se desenvolver. Já nos Estados católicos, sobretudo na Península Ibérica, desenvolveu-se o movimento chamado Contrarreforma, que procurou reprimir todas as tentativas de manifestações culturais ou religiosas contrárias às determinações da Igreja Católica. Nesse período, a Companhia de Jesus passa a dominar quase que inteiramente o ensino, exercendo papel importantíssimo na difusão do pensamento aprovado pelo Concílio de Trento.
O clima geral era de austeridade e repressão. O Tribunal da Inquisição, que se estabelecera em Portugalpara julgar casos de heresia, ameaçava cada vez mais a liberdade de pensamento. O complexo contexto sociocultural fez com que o homem tentasse conciliar a glória e os valores humanos despertados pelo Renascimento com as ideias de submissão e pequenez perante Deus e a Igreja. Ao antropocentrismo renascentista (valorização do homem) opôs-se o teocentrismo (Deus como centro de tudo), inspirado nas tradições medievais.
Essa situação contraditória resultou em um movimento artístico que expressava também atitudes contraditórias do artista em face do mundo, da vida, dos sentimentos e de si mesmo; esse movimento recebeu o nome de Barroco. O homem se vê colocado entre o céu e a terra, consciente de sua grandeza mas atormentado pela ideia de pecado e, nesse dilema, busca a salvação de forma angustiada. Os sentimentos se exaltam, as paixões não são mais controladas pela razão, e o desejo de exprimir esses estados de alma vai se realizar por meio de antíteses, paradoxos e interrogações. Essa oscilação que leva o homem do céu ao inferno, que mostra sua dimensão carnal e espiritual, é uma das principais características da literatura barroca. Os escritores barrocos abusam do jogo de palavras (cultismo) e do jogo de ideias ou conceitos (conceptismo).

Temas frequentes na Literatura Barroca
- fugacidade da vida e instabilidade das coisas;
- morte, expressão máxima da efemeridade das coisas;
- concepção do tempo como agente da morte e da dissolução das coisas;
- castigo, como decorrência do pecado;
- arrependimento;
- narração de cenas trágicas;
- erotismo;
- misticismo;
- apelo à religião.                                   
FONTE: soliteratura.com.br

USO DOS PORQUÊS

Usamos POR QUE (separado e sem acento circunflexo) nos seguintes casos:
a) Nas frases interrogativas (quando escrevemos no início das frases) e quando equivale à "razão", "motivo" e "causa". Por exemplo:
Por que você não varreu o chão?
Por que você brigou com seu amigo?
E as meninas, por que não vieram conosco?

b) Quando pudermos substituí-lo por "pelo qual", "pelos quais", "pela qual", "pelas quais". Por exemplo:
Os caminhos por que percorri foram muitos. (= Os caminhos pelos quais percorri foram muitos.)
As atrocidades por que foi submetido tornaram ele em um homem rude. (= As atrocidades pelas quais foi submetido tornaram ele um homem rude.)

OBSERVAÇÃO
Após os vocábulos "eis" e "daí", subentende-se a palavra "motivo", isso justifica a grafia da palavra separadamente. Por exemplo:
Daí por que não aceitei seu pedido de desculpas. (= Daí o motivo por que não aceitei seu pedido de desculpas.)
Eis por que estou tão alegre. (= Eis o motivo por que estou tão alegre.)

Usamos POR QUÊ (separado e com acento circunflexo) no final de frases que tenham apenas um ponto (final, interrogativo, exclamativo,...) depois dele. Por exemplo:
Levantaste só agora por quê?
Eles não sabem por quê.
Não me pergunte outra vez, já disse que não sei por quê!

Usamos PORQUÊ (junto e com acento circunflexo) quando essa palavra for usada como substantivo e for antecedida por artigo. Por exemplo:
Não sei o porquê de sua atitude tão grosseira.
O porquê da discussão não foi esclarecido até agora.
Contaram a ela o porquê de sua demissão.

Usamos PORQUE (junto e sem acento circunflexo) quando introduzimos uma explicação e uma causa:
Não fale alto porque o bebê está dormindo. (explicação)
Não foi à aula porque estava com febre. (causa)

FONTE: soportugues.com.br
Romantismo
Precedentes: Período de Transição (1808-1836)
Simultaneamente ao final das últimas produções do movimento árcade, ocorreu a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil. Esse acontecimento, no ano de 1808, significou, o início do processo de Independencia da Colônia. O período compreendido entre 1808 e 1836 é considerado de transição naliteratura brasileira devido à transferência do poder de Portugal para as terras brasileiras que trouxe consigo, além da corte e da realeza, as novidades e modelos literários do Velho Continente nos moldes franceses e ingleses. Houve também a mudança de foco artístico e cultural, da Bahia para o Rio de Janeiro, capital da colônia desde o ano de 1763.
Segundo o crítico literário Antônio Cândido, no livro Noções de Análise Histórico-literária:
"No Brasil não havia universidades, nem tipografias, nem periódicos. Além da primária, a instrução se limitava à formação de clérigos e ao nível que hoje chamamos secundário, as bibliotecas eram poucas e limitadas aos conventos, o teatro era paupérrimo, e muito fraco o intercâmbio entre os núcles povoados do país, sendo dificílima a entrada de livros."

O que explica o desenvolvimento literário incipiente, se comparado com o mesmo período na metrópole. Os autores vistos até então eram produto da educação europeia e/ou religiosa que receberam.
Com a vinda da Família Real, os livros puderam ser impressos no território, em função da Imprensa Régia, derrubando a medida que proibia sua impressão e difusão sem a autorização prévia de Portugal, dando início não apenas ao desenvolvimento da literatura mas, também, a um sentimento de nacionalidade no território, uma das principais características do período romântico brasileiro.

Contexto Histórico na Europa


A Liberdade Guiando o Povo (1830), de Eugène Delacroix
O final do século XVIII presenciou a ascenção da tipografia, inventada pelo alemão Johannes Gutenberg, que possibilitou o desenvolvimento da impressão em grandes quantidades de jornais e romances. No início, os romances eram publicados diariamente nos jornais de forma fragmentada, assim, a cada dia um novo capítulo da história era revelada. Esse esquema, importado para a colônia, ficou conhecido como "folhetim" ou "romance de folhetim" e deu origem às telenovelas que conhecemos nos dias de hoje.
Assim, com a Revolução da Imprensa, uma das principais características do período Moderno, houve também a ascenção dos romances impressos, popularizando o artefato (o livro não era mais considerado um artigo de luxo, inacessível) e proporcionando um largo alcance da literatura às camadas inferiores da sociedade e também às mulheres, que raramente tinham acesso às letras e, quando muito, eram alfabetizadas.
Considera-se o marco inicial do romantismo na Europa a publicação do romance Os sofrimentos do jovemWerther, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe no ano de 1774. Historicamente, um dos marcos principais do movimento foi a Revolução Francesa, responsável pela difusão dos pensamentos Iluministras na Europa e nas suas colônias, que tanto inspirou os poetas árcades brasileiros.
Com o processo de industrialização dos grandes centros, houve um delineamento das classes sociais: a burguesia, com riquezas provenientes do comércio, e os operários das indústrias. Logo, a literatura do período foi produzida pela classe dominante e para a classe dominante, deixando claro qual a ideologiadefendida por seus autores.

Saiba mais:
Ideologia: conjunto de ideias ou pensamentos de um indivíduo ou grupo e que pode estar ligado a ações políticas, econômicas e sociais.

Contexto Histórico no Brasil


Chegada da Família Real Portuguesa a Bahia (1952), de Candido Portinari
Considera-se que o período romântico no Brasil inicia em 1836, com a publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades, do poeta Gonçalves de Magalhães e vai até o ano de 1881, com a publicação do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.
Como dito anteriormente, o desenvolvimento da literatura brasileira propriamente dita aconteceu a partir da vinda da Família Real para o Rio de Janeiro que gerou um forte desenvolvimento artístico e cultural na colônia, agora afinado com a produção literária europeia. Porém, a insatisfação das classes dominantes com o Império fez com que surgissem tentativas de independência da metrópole, produzindo um sentimento de nacionalismo que culminaria com a Declaração da Independência, em 1822, por Dom Pedro I.
Outro aspecto importante é com relação à escravidão dos negros: o Brasil era uma das poucas colônias americanas que ainda sustentava o sistema econômico baseado do trabalho escravo, o que gerou opiniões controversas por parte dos autores daquela época. Temos expressões literárias abolicionistas (p. ex.: o poeta Gonçalves de Magalhães) e outras que tratavam do tema superficialmente (p. ex.: o romancista Bernardo Guimarães) ou sequer tocavam na questão.
A independência das colônias latino-americanas impulsionou um sentimento de nacionalidade diretamente refletida pela literatura. A formação dessas literaturas esteve a cargo de autores que projetavam os ideais de uma nação em crescimento e desenvolvimento e que até hoje são considerados constitutivos da história da nação. No entanto, essa literatura fundacional e canônica da América Latina é revista por muitos professores, críticos literários e historiadores pois apresentam apenas uma visão referente à formação das nações latino-americanas. Como assinala o professor e crítico literário Eduardo F. Coutinho:
"Na América Latina, durante o século XIX, o sujeito encunciador do discurso fundador do estado-nação tomou como base um projeto patriarcal e elistista, que excluiu não só a mulher, mas índios, negros, analfabetos e, em muitos casos, aqueles que não possuíam nenhum tipo de propriedade. A preocupação dominante era marcar a diferença da nova nação com relação à matriz colonizadora, mas o modelo era obvia e paradoxalmente a metrópole; daí a necessidade de forjar-se uma homogeneidade que excluísse todas as diferenças."

O que causa uma sensação de estranhamento é o paradoxo observado no período: ao mesmo tempo em que ideias sobre o sentimento de nacionalidade aflorava nos corações dos brasileiros (e demais latino-americanos), parte da população permanecia na miséria e/ou em situações de escravidão, sem acesso à emancipação e aos direitos humanos básicos.

Referências:
CÂNDIDO, Antônio. Noções de Análise Histórico-literária. São Paulo: Associação Editorial Humanitas, 2005.
COUTINHO, Eduardo F. Mutações do comparatismo no universo latino-americano: a questão da historiografia literária. In: SCHMIDT, Rita T. Sob o signo do presente: intervenções comparatistas. Porto Alegre: UFRGS Editora, 2010.

 FONTE: soliteratura.com.br